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terça-feira, 5 de junho de 2012

Uma dose de veneno.

Na fome severa,
Do sabor da própria carne,
Ventas que expeliam sangue,
Que desuniam dois artifícios, 
Duas pessoas estranhas,
Estranhos defeitos e qualidades,
Dois corações...
Ou, nem ao menos isso.

Nessa balança, 
Que pesava e balançava permanentemente, 
Vendendo a necessidade de estar,
Combinado as mais devidas proporções,
Sendo elas trocadas,
Por medo e inconsequência.

E de lá da porta do armazém,
Ela gritava pelo senhor proprietário do ambiente, 
Que assustado lhe trouxera,
Uma mercadoria sem rotulo.
Era à poção mágica de "realidade",
Encomendada por ela dias atrás...
Que em sua mente aliviaria, 
A ponte insatisfatória, que, há deixava vulnerável,
Diante do seu bem.

Maluca, de instinto impulsivo,
Animal...
Num vacilo,
Rose tomará, 
Uma só dose...
Uma dose de veneno...
Se maltratando,
Se submetendo,
Se doando,
E, fatalmente, partindo-se para outra dimensão.


Tatiane Salles.

4 comentários:

  1. Intensos versos, linda poesia!beijos,chica

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  2. "Mas se ao tomar o veneno,
    não fores o suficiente, cortáras
    o pulso num ultimo impulso de
    rancar-lhe de tua alma um amor
    tão proibido, insano e dolorido!"

    Ai, me desculpe, mas me empolguei!
    Abraços carinhosos

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  3. Pois, pois, como dizem nossos amigos lusitanos, mas, não sei o que dizer, amiga Tatiane, exceto que o poema é bom.
    Um abraço. Tenhas uma boa noite.

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  4. Que nossas veias vertam vãs o vil veneno da verdade!
    GK

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