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segunda-feira, 11 de março de 2013

Plágio exato.

Você é tudo, 
menos o que me faz dormir tranquilamente. 
Tem sido assim desde que, 
daqui, comecei a lhe enviar substâncias toxicas. 
Não as recebe a tempo previsto 
porque o seu código de barra 
é um plágio exato do meu endereço
que as fazem retornar. 
Acho crime quando o resto do mundo é mundo, 
e eu sou politicamente de você. 
E quando não, tempestade. 
Todo chão é mais escuro.
Toda parede, psíquica.
E a cidade inteira mural das nossas insanidades sentimentais.
A minha lápide também será um dia, amor. 
Eu poderia mover sete montanhas  
com o que flui por de trás das paredes secretas do meu interior,
quando você bate à porta.
Ás vezes sinto que estamos no mesmo nível,
porque a sua esporacidade me aquece.
Outras que seu suor tem cheiro forte de incenso.
Nota-se quando desloca sem paradeiro para longe. 
Perdoo a sua pronuncia errada ao falar meu nome, 
pois os nossos por coincidência fazem par. 
Nessa casa, ninguém desejá-nos o contrário.
Sonhamos de olhos abertos, 
deveras porque possuímos um prato cheio de abstinência 
nessa alma conjunta, incolor e ociosa. 
Que saturada, nos pede pra voltar.
_
A qualquer momento, menos agora.

Não jogue fora meus papéis,
foi pra te amar um pouco mais que escrevi sobre os nossos olhos.

A segunda pessoa.
Aos plágios exatos.


Tatiane Salles.

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